MATÉRIA ESPECIAL PUBLICADA NO PORTAL DA ILHA EM MAIO DE 2017. VIAGEM FEITA PARA REALIZAR O TRABALHO.
O foco dessa viagem foi conhecer o Hotel Termas do Lago, e um pouco também do Hotel Termas do Gravatal, que ficam um ao lado do outro e desde novembro possuem os mesmos donos.
Evandro Rodrigues, um dos donos do hotel, e o fotógrafo e jornalista Jefferson Severino fizeram o contato com todos os convidados. Enviaram informações sobre o hotel, como seriam feitos o transporte e a hospedagem, além da programação pré-preparada para que pudéssemos conhecer e usufruir de tudo o que o hotel tem a oferecer.
Sexta-feira, 19 de maio
Uma van, da LM Tur Gravatal, saiu de Florianópolis e dois ônibus saíram de Porto Alegre e Novo Hamburgo – RS rumo à Gravatal na sexta-feira de manhã e chegaram ao destino para o almoço e apresentação de boas-vindas. Praticamente todos os convidados ficaram no Hotel Termas do Lago que, apesar de existir desde 1969, foi comprado, reformado e reinaugurado em novembro de 2016, com a proposta de entreter aqueles que buscam os benefícios das águas termais.
À tarde foi dado algumas horas para as pessoas descansarem da viagem e organizarem suas coisas nos respectivos quartos. O hotel possui um total de 68 quartos, grande parte estava ocupada pelos jornalistas e agentes de viagem convidados, e outros por duas excursões independentes de Araranguá – SC e Glorinha – RS. Fui indicada a me hospedar no quarto 136, que possui uma cama de casal, penteadeira, frigobar, ar condicionado, TV com 4 canais (Globo, SBT, FOX e SportTV), sacada (que dava para a rua de trás) e banheiro com chuveiro e banheira que em determinados horários podia encher com água termal (das 7:30h às 9h – 17h às 19h).
16h fizemos uma visita técnica por todo o Hotel Termas do Lago e Termas do Gravatal, conhecendo toda a estrutura e serviço de ambos.
Após a visita, fomos liberados até às 19h, hora marcada para que iniciasse o Jantar Alemão. Primeiro, fui caminhar com uma colega, agente de viagem da cidade de Nova Petrópolis – RS, que conheci na viagem, ao Centro de Gravatal, para dar uma olhada nas lojas e como a cidade funcionava. Retornando ao hotel, fui ao meu quarto, curiosa para conhecer o banho de água termal, que confesso nunca ter tomado até então. Fui indicada a deixar correr um pouco a água ao abrir a torneira para que a água parada nos canos, gelada, saísse. Depois de alguns segundos a água termal quentinha acabou por sair. Que delícia! Relaxei na banheira e ainda experimentei seu gosto, que notei a diferença dela para a água mineral e a água tratada que recebemos em nossa casa. Recomendo.
A água termal é conhecida por ter diversas propriedades terapêuticas que auxiliam no alívio ao estresse e no tratamento de dermatoses, artrites, neurite, hipertensão e hipotensão, rinite, asma, enfermidades do fígado, bursites, problemas emocionais, entre outros. As principais características da água termal de Gravatal são a temperatura mesotermal (35,1°C), a escassez de sais minerais (oligomineral) e a radioatividade na fonte (16,25 maches). Ela é fluoretada, levemente hidrocarbonatada sódica (bicarbonatada sódica) e litinada (lítio). As características físicas, físico-químicas e químicas da água são adquiridas durante a passagem através de fraturas da rocha de granito. A água que sai da torneira não passou por tratamento de empresas de água e esgoto, como a Casan, ela já é perfeita para seu uso e consumo.
19h de sexta-feira ainda teve o Jantar Alemão, com comida típica alemã, seguido do Baile do Chopp, às 21:30h com chopp liberado e música alemã ao vivo. Nesses eventos estávamos sempre sendo animado pela “Juliana”, a drag queen da equipe de recreação. Muito divertida, pulou e dançou com todos do início ao fim da festa, eu incluída. Meia-noite era o horário máximo permitido para a festa acontecer, pois precisavam respeitar a hora do silêncio, para que os hóspedes pudessem dormir.
Fui dormir, e fiquei impressionada com o conforto da cama (Colchões Kappesberg), do travesseiro (JR Confecções) e do edredom (Plumasul) – estava frio naquela noite. Deitei e no dia seguinte não queria mais sair da cama, de tão bom que estava. Fiz questão de tirar foto da marca desses três artigos para ir atrás futuramente para comprar para mim.
Sábado, 20 de maio
5:45h da manhã de sábado fiz um esforço para sair da cama, a fim de tomar o café-da-manhã às 7h. Meu colega Paulo insistiu que deveríamos tomar café mais cedo porque em seguida sairíamos para o passeio programado. Cheguei 7h, e adivinhem? Não tinha ninguém no restaurante ainda, nem meu colega Paulo; só tinha os garçons arrumando o café-da-manhã que só seria servido a partir das 7:30h. Então, aproveitei que estava um dia de sol (estava chovendo ou sempre nublado nos dias anteriores) e resolvi caminhar ao redor do hotel, principalmente do famoso lago, que fica em frente. Que coisa mais linda! Muita vegetação ao redor daquele lago grande, e o sol da manhã iluminando o hotel. Me chamou a atenção também para ausência daqueles barulhos típicos de cidade grande. Raramente passava um carro ou pessoa. Eu só ouvia “barulho” de pássaros, vento nas árvores e outros sons da natureza. Era tudo o que eu precisava para relaxar. Aproveitei também e tirei diversas fotos. Queria registrar aquelas belas cenas.
7:30h o meu colega Paulo me avisou que o café-da-manhã havia sido servido e eu fui para lá comer. Fiquei muito impressionada com o café-da-manhã, que na minha opinião foi a melhor refeição servida em todo o final de semana hospedada. Comi além do que eu pretendia, pois tinha um prato melhor que outro, tudo muito bem preparado. Destaque para os ovos mexidos, o doce de leite e o pão quentinho.
Depois do café-da-manhã, e antes do almoço, tinha hidroginástica e concurso de caipirinha na piscina (que acredito que não ocorreu por causa do frio que estava naquele dia) e um passeio de trenzinho pela cidade. Quem havia se inscrito na hora do check-in na sexta-feira poderia ir. Eu, como estava cansada do dia anterior, e não me inscrevi para o passeio (eu já conhecia a cidade), resolvi voltar a dormir naquela cama maravilhosa, tirar uma soneca até a hora do almoço.
O almoço marcado para às 12h era no sistema de buffet (livre), com salada e comida brasileira – destaque para a feijoada. As bebidas eram à parte, pagas no momento do check-out no domingo.
13:30h, quem estivesse inscrito e quisesse ir, tinha um passeio marcado pela região. Saindo de Gravatal, indo até São Martinho, uma cidade de colonização alemã próxima dali, com um pouco mais de 3.000 habitantes. Um ônibus e uma van foram cheios para lá, eu fui junto; nunca tinha ido aos lugares programados.
Toda essa região é marcada por rios, vales, montanhas e morros cobertos de vegetação. Fazem parte da Serra do Tabuleiro. Passamos nas cidades de Armazém e São Martinho, sendo que o distrito de Vargem do Cedro, apesar de fazer parte oficialmente de São Martinho, se considera quase independente, com cultura alemã acentuada, e é reconhecida pelo Vaticano como a “capital mundial das vocações”. A região toda é muito linda; certas partes nem parecia com o Brasil, mas com a Europa.
Ah! E esqueçam o celular, ao menos a internet e ligações, usem ele somente para tirar fotos, pois nessa região não tem sinal, aparecendo “Sem serviço” o tempo todo. O que não achei ruim. Dessa forma aproveitei mais a viagem, olhei tudo ao meu redor, tirei mais fotos e economizei bateria.
Fizemos cinco paradas nessa viagem: no portal de entrada de São Martinho; numa cachoeira chamada “Salto da Capivara” – em que ficamos mais de meia hora admirando e tirando inúmeras fotos -; na Capela Santa Albertina – local onde a beata morreu virou um centro de orações e pedidos de milagres à Albertina, que já foi beatificada pelo Papa Bento XVI e logo pode se tornar santa -; no “Centro” de Vargem do Cedro – onde conhecemos um armazém com mais de 1 século de existência, típico alemão -; e por último, o Fluss Haus, em Vargem do Cedro também.
Esse local, ponto turístico conhecido da região, foi criado pela irmã mais nova de Albertina, que está viva ainda, com o objetivo inicial de vender cucas e bolachas decoradas. Acabou se tornando algo muito maior: possui loja com alimentos e souvenires típicos alemães, possibilidade de alimentar carpas (peixe), bar com chopp alemão, e um restaurante onde, com reserva prévia, é servido almoço e café colonial, claro, tipicamente alemães. O lugar vale a pena conhecer. Está sempre cheio de gente não à toa. Vale tanto pela comida, como pelo lugar em si, que parece ter saído de um livro de conto de fadas. Todo bem decorado nos mínimos detalhes. Eu não podia voltar de lá de mãos vazias e acabei comprando uma cuca, um ímã de geladeira com o formato da casa, e chocolates com 70% de cacau. No bar, tomei um chopp com meus colegas de viagem. Como não havíamos feito reserva, não comemos o café colonial. Dei uma boa olhada lá e fiquei morrendo de vontade. Preciso voltar no Fluss Haus.
Esse passeio que fizemos na região foi uma alternativa. Se o tempo estivesse bom no alto da Serra do Rio do Rastro (que fica a 50 km dali), esse teria sido o nosso destino. Confesso que queria ter ido para a Serra do Rio do Rastro, que não ia há vários anos, mas fiquei feliz por não ter ido para lá, assim conheci locais que eu desconhecia, que gostei bastante.
Após retornarmos, tomei banho novamente de água termal na banheira do meu quarto e me arrumei para o Jantar Italiano (marcado para às 19h) e para o Baile de Máscaras (marcado para às 21:30h). O jantar estava divino. Ao menos para mim, que amo lasanha, e outros tipos de massas italianas. Assim que terminou o jantar, chegaram as princesas, a rainha e outras pessoas ligadas ao Carnaval de Nova Veneza, cidade de colonização italiana, a 215 km de Florianópolis, no sul do estado de Santa Catarina, próximo à Criciúma. Todos fantasiados com roupas típicas do carnaval de Veneza, na Itália. Lindo de se ver. Fiquei admirando o tempo inteiro cada fantasia. Para nós hóspedes foram distribuídas máscaras para entrarmos no clima. A rainha e as duas princesas deram as boas-vindas ao baile, nos explicaram um pouco sobre a cultura de sua cidade, nos convidaram para conhecer, ir no evento que acontecerá no mês de junho – que fiquei com vontade de ir. Todos os presentes no baile quiseram tirar fotos com os neovenezianos fantasiados, eu incluída. A festa foi até às 23h.
Domingo, 21 de maio
No último dia no hotel, não havia nada programado, como passeios, por exemplo. A manhã toda estava livre para quem quisesse passear por conta própria pela cidade, ou fazer compras nas mais de 200 lojas do Centro. Só teve o café-da-manhã maravilhoso de novo, que aproveitei bastante, voltei ao quarto depois do café para me despedir da cama (é sério! É muito boa de dormir), fazer a mala, e voltar para o restaurante ao meio-dia para fazer check-out e participar do almoço de confraternização e despedida. Os donos do Hotel Termas do Lago, assim como a gerente e outros funcionários, vieram agradecer a presença de todos, foram muito gentis. O Evandro Rodrigues até cantou uma música especialmente criada para os convidados do hotel.
13:30h, embarcamos em nossos respectivos ônibus e van e retornamos para o nosso local de origem, que no meu caso foi Florianópolis. O retorno foi tranquilo, sem trânsito, e 2 horas depois chegamos em casa.
Trabalhos como este recompensam, não é? Gostei do final de semana hospedada no Hotel Termas do Lago, e dos passeios oferecidos. Indico conhecerem. Com certeza um local que serve tanto para relaxar, como para se divertir e até curar males de saúde.
Alguns links interessantes:
Hotel Termas do Lago: http://hoteltermasdolago.com.br/
Hotel Termas do Gravatal: https://www.hoteltermas.com.br/
Fluss Haus: http://www.flusshaus.com.br/
* Texto/relato: Fernanda Amaral, jornalista foi a convite do Hotel Termas do Lago.
Foto: Carlos Alberto Alves
Foto: Fernanda Amaral.
Data: 27/05/2017.
Fonte: Portal da Ilha
Link: http://portaldailha.com.br/noticias/lernoticia.php?id=40901